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Julgamento prejudicou PT nas eleições, admite deputado

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Por Ricardo Brito
Atualização:

O secretário Nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), afirmou nesta sexta-feira (7) que o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) prejudicou os resultados do partido nas eleições municipais. Para Vargas, não se pode ser "hipócrita" de que não houve nenhum impacto a "transmissão online" das sessões nas pretensões do partido na campanha. O julgamento começou em agosto, já no período eleitoral, e mesmo após 51 sessões ainda não terminou."É claro que, se não tivesse (o julgamento), nós teríamos vencido muito mais. Alguns municípios nós perdemos por mil, dois mil votos e que certamente houve um impacto, mas não somos hipócritas nem nos iludimos de que não houve nenhum impacto", afirmou Vargas, durante o intervalo do encontro do Diretório Nacional do PT na sede do partido em Brasília.Entretanto, André Vargas disse que o impacto foi menor do que o alardeado no início do julgamento, quando, segundo ele, disseram que o "PT iria acabar, que não iríamos sobreviver aos debates intensos". De acordo o secretário de Comunicação, mesmo com a oposição amplificando o julgamento nos programas eleitorais, o partido venceu a disputa para a Prefeitura de São Paulo contra o PSDB e cresceu no País inteiro.O PT pretende também lançar uma ofensiva em 2013 em defesa da aprovação pelo Congresso Nacional da reforma política. Para Vargas, é necessário conclamar a sociedade em defesa de mudanças do jogo político e eleitoral. Um dos pontos tratados é a instituição do financiamento público das campanhas.O deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) disse que o Congresso Nacional é "conservador" e "dificilmente" aprovará uma reforma sem pressão popular. "E o PT pode em 2013 liderar uma grande mobilização pela reforma política. Entendemos que ou a sociedade se mobiliza ou esse Congresso conservador não fará reforma política no Brasil. Sem financiamento público de campanha, você vive eleições que praticamente incentivam a corrupção neste País", disse.

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