Juíza suspende audiência de Paulo Preto contra Jorge

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Por Fausto Macedo
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Frente a frente, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e Eduardo Jorge, eminência tucana. A cena ocorreu hoje, na 1.ª Vara Criminal do Fórum da Lapa, onde tramita ação penal movida por Paulo Preto contra o vice-presidente executivo do PSDB por crime contra a honra.Eduardo Jorge teria declarado em agosto, à revista "Isto É", que Paulo Preto, ex-presidente da Dersa, em São Paulo, desaparecera com R$ 4 milhões da campanha do partido à Presidência da República, em 2010. Durante 15 minutos, entre 15h21 e 15h36, os dois oponentes permaneceram na mesma sala, diante da juíza Cynthia Menezes de Paula Straforini, que conduz o processo. Eduardo Jorge afirmou que jamais fez aquela declaração. Ele disse que enviou correspondência à revista pedindo retificação.Diante do impasse, a juíza suspendeu a audiência e deu prazo de dez dias para que as partes estudem eventual composição. "Esta não é uma ação entre amigos, é uma ação criminal", declarou Paulo Preto, à saída do Fórum. O advogado criminalista José Luís Oliveira Lima, que acompanha o engenheiro, disse que "ainda não está satisfeito". Ele observou que não decidiu se aceitará uma retratação."Estou indignado", disse Paulo Preto. "Quero que seja processado quem criou a história. Fui acusado de roubo, mas até agora não existe esse dinheiro, eu nunca recebi nada e nunca participei de arrecadação em campanha alguma. O PSDB inteiro não pode desconhecer a minha vida pregressa. Trabalhei 20 anos em estatais, no governo Alckmin e no governo Serra."Para Paulo Preto, as declarações publicadas pela revista "são verdadeiras e por isso o processo deve prosseguir". Ele disse que, para uma conciliação, vai exigir "quatro páginas em que todo mundo desminta e assuma publicamente que mentiram contra a minha honra".

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