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Juíza interroga 12 integrantes da máfia do sangue

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Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza da 10ª Vara Federal de Brasília, Maria de Fátima Pessoa da Costa, interrogou hoje 12 dos 17 integrantes da máfia do sangue investigados pela Operação Vampiro, da Polícia Federal. Os depoimentos mais longos foram prestados pelos empresários e lobistas Lorenço Rommel Peixoto e Jaisler Jabour de Alvarenga, dois dos principais membros da quadrilha, acusada de fraudes na compra de hemoderivados do Ministério da Saúde, ainda presos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O outro preso, Laerte de Arruda Correia Júnior, está sob custódia da Polícia Federal em São Paulo e não foi ouvido. Igualmente deixaram de ser interrogados o lobista Marcelo Pupkin Pitta e o ex-coordenador de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, Luiz Cláudio Gomes da Silva, homem-chave da quadrilha, levado para a Pasta pelo ministro Humberto Costa. Com os depoimentos de hoje, a Justiça deu início à fase de instrução do processo contra os envolvidos na máfia dos sangue. Em dez anos de atuação impune no Ministério da Saúde, o esquema de corrupção deu um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos mediante fraudes na compra de hemoderivados. O Ministério Público constatou que, ao longo desse tempo, parte dos recursos desviados era canalizada para campanhas eleitorais. Além de Jabour e Peixoto, foram interrogados também os lobistas Francisco Danúbio Honorato, Eduardo Passos Pedrosa, Romeu de Amorim, André Ferreira Murgel e Armando Garcia Coelho. Também foram ouvidos os depoimento dos servidores afastados do Ministério da Saúde Mário Machado da Silva, Manoel Pereira Braga Neto, Ariane Alves Rodrigues, Cíntia Vaz de Araújo e Marta Cristina Peres Barros.

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