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Juíza diz que vai julgar Azeredo em separado

Mensalão mineiro foi um esquema de arrecadação ilegal de recursos para a campanha à reeleição de governador em 1998

Por Marcelo Portela
Atualização:

A juíza Neide da Silva Martins, da 9.ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, disse ontem que pretende julgar a ação penal contra o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de envolvimento no mensalão mineiro, assim que ela chegar à Justiça de primeira instância. Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, o mensalão mineiro foi um esquema de arrecadação ilegal de recursos para a campanha à reeleição de Azeredo, então governador de Minas, em 1998. A ação penal que tem Azeredo como réu tramitava no Supremo Tribunal Federal, mas, como o tucano renunciou ao mandato em março, a Corte decidiu remeter o processo para a primeira instância. Azeredo renunciou após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir que ele fosse condenado a uma pena de 22 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 451 mil pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro - a denúncia apontou desvio de ao menos R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para a campanha. Embora o STF tenha declinado competência para julgar o caso, desde 3 de abril a ação está parada na Seção de Composição e Controle de Acórdãos do Supremo. Ontem, Neide Martins negou a possibilidade de juntar o processo à ação que tramita na capital mineira contra outros oito acusados de participação no esquema. "Vou apenas abrir vistas para o Ministério Público e a defesa decidirem se ratificam", disse a magistrada, referindo-se às alegações finais já apresentadas pelas partes no processo Com isso, a ação deverá ser julgada ainda neste ano. Azeredo nega as acusações.

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