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Juíza dá prazo a BC para responder a Jader

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza Maísa Giudice, da Justiça Federal de Brasília, intimou o Banco Central a responder, em dez dias, 15 perguntas formuladas pelo presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), sobre o seu suposto envolvimento no desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará), nos anos 80. Em interpelação apresentada nesta segunda, a defesa de Jader pede que o Banco Central explique como o dinheiro, avaliado em R$ 2,5 milhões, entrou nas contas da família Barbalho. Os advogados de Jader solicitam que o Banco Central repasse o resultado das apurações feitas pelo auditor Abraão Patruni Júnior, em 1991. O trabalho de Patruni apontou ligações do senador com o esquema de corrupção no Banpará. ?Em que medida tais conclusões apontam para o beneficiamento direto de Jader?, indaga a defesa. Em caso de resposta afirmativa, os advogados pedem que seja esclarecido o fato de o resultado de investigações não constar da correspondência enviada pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, ao Ministério Público, em abril deste ano. Por meio de pergunta, a defesa do senador afirma que os trabalhos de Abrão Patruni Júnior não constaram também do parecer do procurador-geral do Banco Central, José Coelho Ferreira, em 1992. E levantam a possibilidade, também através de indagação, de que os funcionários do banco responsáveis pelo inquérito do caso Banpará teriam tido acesso a informações acobertadas pelo sigilo bancário. Os advogados perguntam ainda como o conteúdo das investigações do Banco Central chegou ao conhecimento da imprensa. E se o banco ?procurou de alguma forma, averiguar o responsável por esta evidente violação de sigilo bancário alheio que está sob a sua guarda.?

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