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Juíza acusada de favorecer Maluf responde à Procuradoria

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza Adriana Pillegi de Soveral, da 8ª Vara Criminal Federal, concluiu hoje sua resposta jurídica à Procuradoria da República em São Paulo, que a acusou de parcialidade e pediu seu afastamento do processo que investiga as supostas contas e fundos em nome do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) e familiares na Suíça e no paraíso fiscal da Ilha de Jersey, no Canal da Mancha. A resposta foi encaminhada "por malote", frisou a assessoria de imprensa da Justiça Federal em São Paulo, para o Tribunal Regional Federal (TRF), que só deverá recebê-la na próxima semana. Na quinta-feira, os procuradores Pedro Barbosa Pereira Neto e Denise Abade protocolaram um recurso jurídico chamado ?exceção de suspeição?, que coloca sob suspeita a atitude da juíza nas investigações sobre Maluf. Eles argumentam que ela tem favorecido o acusado. Enquanto esperam a decisão do TRF, os procuradores continuam sua queda-de-braço com a juíza. Hoje, eles enviaram um ofício à 8ª Vara Criminal Federal requisitando os autos da investigação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) sobre Maluf. Os autos estão em poder da juíza. O MPE também conduzia investigações sobre os supostos depósitos de Maluf e de familiares na Suíça e em Jersey. Em 10 de outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a competência para conduzir as investigações era da Procuradoria, uma vez que o caso envolvia um crime federal, lavagem de dinheiro. O MPE teve que enviar os autos de suas investigações à Procuradoria, mas assim que eles chegaram à Justiça Federal, na semana passada, a juíza os requisitou. "Isso é ilegal, juiz não pode requisitar autos de investigações", protesta a procuradora Denise. A juíza não se pronunciou sobre a questão.

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