03 de abril de 2014 | 17h01
O processo tratou de desvios no empréstimos feito ao governo estadual para a compra de maquinário, sob a administração de Blairo Maggi (PR-MT), em 2010. Do total de R$ 241 milhões, cerca de R$ 44,5 milhões teriam sido "desviados de sua finalidade, beneficiando as empresas licitadas com o pagamento indevido". O Banco do Brasil atuou como agente financeiro do BNDES na operação.
Julier entendeu que os dois órgãos e os então secretários da Administração Geraldo Aparecido de Vitto Junior e da Infraestrutura Vilceu Francisco Marcheti eram responsáveis diretos pela fiscalização do cumprimento do contrato de licitação. Assim, eles foram, junto com as empresas e o próprio Estado do Mato Grosso, condenados a devolver o montante desviado. Tanto o ex-governador Maggi - hoje senador - quanto o então secretário da Fazenda, Eder de Moraes Dias, foram livrados da condenação.
Questionado sobre a situação de Maggi no processo e a possível parceria em um cenário em que Julier fosse candidato a governador, o magistrado afirmou que os autos mostravam que tanto o então governador quanto o secretário da Fazenda atuaram apenas nas assinaturas dos contratos. "A destinação de verba para o maquinário foi de responsabilidade das Secretarias de Administração e Infraestrutura", comentou.
Julier não confirma a participação na disputa eleitoral como candidato a governador do Mato Grosso. "Por ora, eu sou apenas um filiado. Essas questões das eleições de 2014 vão ser discutidas com o partido", afirmou, mas ressaltando que tem vontade e se sentiria muito honrado se a legenda entendesse que ele deve ser o candidato.
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