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Juiz do caso Varig nega ter havido interferência externa

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Por Alberto Komatsu
Atualização:

O juiz Luiz Roberto Ayoub, que coordenou o processo de recuperação judicial da Varig, afirmou hoje que não houve nenhum tipo de interferência externa na condução da reestruturação da companhia aérea. Ayoub disse que o preço de venda da Varig que tem sido veiculado está errado: não foi de US$ 24 milhões, mas de US$ 277 milhões, incluindo emissões de debêntures, o programa de fidelidade Smiles e a obrigação de transportar passageiros com bilhetes emitidos antes do leilão judicial. De acordo com ele, que deu as declarações ao lado da juíza Márcia Cunha, integrante da comissão de magistrados responsáveis pela recuperação judicial da companhia, a não-sucessão de dívidas para o comprador da Varig e o congelamento de slots (espaços de pousos e decolagens) foram mantidos por tribunais superiores. Por isso, não considera que as decisões sejam polêmicas ou controvertidas. "Qualquer eventual erro na condução do processo, o único responsável é o Poder Judiciário. Agora, querer utilizar um processo para fins de politização isso é inviável, impossível. Não nos prestamos a isso", respondeu Ayoub, sobre se temia que a estratégia do governo de ressaltar que respaldo jurídico da reestruturação da Varig poderia pôr a responsabilidade de eventuais erros sobre o Judiciário.

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