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Judiciário não deve substituir responsáveis por políticas públicas na pandemia, diz Toffoli

Presidente do Supremo participou de um congresso digital da OAB sobre os impactos da pandemia

Por Matheus Lara
Atualização:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou nesta segunda, 27, que as medidas do Judiciário a respeito dos impactos do coronavírus não podem substituir a atuação dos poderes responsáveis pela elaboração de políticas públicas de combate ao vírus. 

O ministro participou da abertura de um congresso digital promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre os impactos da pandemia. 

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli Foto: Reprodução/Congresso OAB

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"Neste momento é ainda mais fundamental que o Judiciário atue, mas que também tenhamos atuação com prudência e autocontenção para que não substituamos aqueles que têm o poder legítimo da democracia para estabelecer as políticas públicas necessárias ao combate à pandemia", disse o presidente do Supremo.

Em decisão, o Supremo assegurou aos Estados e municípios autonomia para tomar medidas que tenham como objetivo tentar conter a propagação da doença, sem eximir a União de realizar ações e de buscar acordos com os gestores locais.

Toffoli destacou que o STF manteve suas atividades com o apoio da tecnologia durante a pandemia e afirmou que a Justiça tenta garantir pacificação e legalidade durante a crise econômica, momento em que as desigualdade ficam mais visíveis no País. 

"Os desafios que surgem não são fáceis e nem poucos", disse Toffoli. "Os impactos jurídicos, sociais e políticos são variados e complexos. Ainda mais em um país de dimensões continentais e ainda repleto de desigualdades."

Recentemente, Toffoli falou que o STF permitiu que o Brasil enfrente pandemia com atenção à saúde "ao menos na área jurídica". Ele destacou que o STF validou medidas emergenciais tomadas pelo governo no enfrentamento da pandemia, mas também coibiu “eventuais excessos” e ainda atuou como elemento “estabilizador da ordem política”.

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