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Jucá diz que PMDB quer se fortalecer para disputar Presidência em 2022

Presidente da sigla disse que partido está trabalhando para atrair 'nomes de peso' para disputar Senado e governos estaduais

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Por Igor Gadelha e Isadora Peron
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta quarta-feira, 6, que o PMDB está trabalhando para atrair "nomes de peso" para disputar Senado e governos estaduais em 2018 e, dessa forma, fortalecer o partido para lançar um candidato à Presidência da República em 2022.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A declaração foi dada em entrevista após a filiação do senador Fernando Bezerra (PE) ao PMDB. Bezerra entrou no PMDB para integrar o projeto do partido em 2018 em Pernambuco. A discussão é para que a legenda faça aliança com o PTB do senador Armando Monteiro (PE) e o PSDB do ministro das Cidades, Bruno Araújo, ambos presentes no evento.

Para Jucá, a operação da Polícia Federal que encontrou nessa terça-feira, 5, R$ 51 milhões em malas dentro de um apartamento que pertence ao ex-ministro Geddel Vieira Lima não afeta a imagem do partido. Geddel é filiado ao PMDB. "Não conheço a situação do ex-ministro Geddel. Esse assunto não fere nem está na pauta do partido", disse.

O presidente do PMDB também voltou a cobrar investigação sobre possíveis lacunas e omissões na delação de executivos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS. Para ele, o Congresso tem que apurar que tipo de "armação" foi feita contra a classe política e contra economia brasileira, afetada, segundo ele, pela colaboração premiada.

Na segunda-feira, 4, o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, determinou a abertura de investigação que pode levar à rescisão do acordo de delação do empresário Joesley Batista e mais dois executivos do grupo J&F: Ricardo Saud e Francisco de Assis Silva.

A decisão foi tomada com base em áudio de conversa entre Joesley e Saud entregue à PGR em 31 de agosto. A conversa revelaria o que Janot chamou de indícios de "crimes gravíssimos" envolvendo Marcelo Miller, ex-procurador que deixou a PGR e foi trabalhar no escritório de advocacia que negociou a leniência da J&F.

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