Pedido de prisão é 'absurdo', diz Jucá

Em nota, senador do PMDB nega que tenha atuado para atrapalhar as investigações da operação Lava Jato e critica 'vazamentos seletivos'

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Por Isabela Bonfim e Julia Lindner
Atualização:
Ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB) Foto: ADRIANO MACHADO|Reuters

Brasília - O senador Romero Jucá (PMDB-RR) criticou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha pedido sua prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o senador disse "lamentar" que ocorra "vazamento seletivo" de informações. "Venho sendo acusado e agredido e não tenho o conhecimento do material a que tenho direito de ter acesso para me defender. Lamento esse tipo de vazamento seletivo que expõe as pessoas sem nenhum tipo de contraditório", escreveu Jucá. A informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teria pedido a prisão de Jucá foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal O Globo e confirmada pelo Broadcast. O senador considerou o pedido de prisão "absurdo" e afirmou que já se colocou à disposição para prestar esclarecimentos sobre os diálogos entre ele e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Jucá disse que foi "vítima" da gravação de Machado, mas que pediu afastamento do Ministério do Planejamento no mesmo dia e solicitou à PGR a cópia da delação de Machado para que pudesse se defender. O senador critica o fato de não ter tido acesso aos documentos. Jucá alega ainda que não atuou em nenhum momento no sentido de confundir as investigações, em referência às atividades da Operação Lava Jato. Ele informou que, diferentemente do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele defende que investigados presos possam fazer delação premiada e também defende a prisão com julgamento em segunda instância, caso a Justiça entenda que seja necessária.

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