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José Serra diz que nunca colocou a paixão à frente da razão nas decisões políticas

Ex-governador de São Paulo criticou governo do PT durante convenção tucana

Por Laís Alegretti , Débora Alvares e Daiene Cardoso
Atualização:

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) disse há pouco que nunca colocou a paixão à frente da razão nas decisões políticas. "Nas grandes decisões que já tomei na vida pública, nunca coloquei, nunca pus, não ponho e não porei as paixões à frente da razão", disse, em discurso na convenção nacional do partido. "Com os olhos em 2014 e no futuro do Brasil, continuarei a atuar em favor da unidade das oposições e de quantos entendam que é chegada a hora de dar um basta à incompetência orgulhosa."

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O senador mineiro Aécio Neves, que pretende disputar o Palácio do Planalto em 2014 pelo PSDB, foi eleito presidente nacional do PSDB no evento de hoje. A eleição de Aécio foi questionada dentro do partido, principalmente pela ala paulista. Em um esforço de conciliação, o senador "loteou" o comando partidário para incluir aliados do ex-governador José Serra.

Serra criticou o governo do PT. "Dias atrás, o ex-presidente Lula disse que nós da oposição não temos projeto para o Brasil. Ele disse isso. E ele está, como quase sempre, obviamente, enganado. Temos o projeto de tirar o Brasil da estagnação econômica que o petismo provocou", disse.

O ex-governador se São Paulo enfatizou os problemas da economia brasileira. "O PT se mostrou incapaz de construir uma economia que possa crescer de maneira sustentável. Ao final do decênio petista, a realidade é o baixo investimento, as obras cada vez mais lentas e cada vez mais caras. O déficit externo crescente, a subida da inflação, a responsabilidade fiscal em risco, a deterioração da infraestrutura, a perda de competitividade e a desindustrialização."

Ele afirmou, ainda, que "a pior privatização que poderia ocorrer é a privatização do Estado". "Temos que reestatizar o estado brasileiro, que foi privatizado em função de interesses de natureza partidária", disse. "Vamos derrotá-lo. Vamos buscar convergência, não apenas no PSDB, mas com todos que estejam dispostos a marchar pela decência, liberdade, justiça."

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