
25 de julho de 2009 | 08h57
A inscrição das chapas que disputarão em novembro a eleição direta para a presidência do PT termina hoje e é considerada estratégica porque o vencedor vai dirigir a campanha de Dilma, em 2010. Cinco candidatos concorrem à cadeira que já foi de Dirceu entre 1995 e 2002: além de Dutra, estão no páreo os deputados José Eduardo Martins Cardozo (SP) - secretário-geral do PT -, Geraldo Magela (DF), Iriny Lopes (ES) e o integrante do Diretório Nacional Markus Sokol.
O retorno de Dirceu à cúpula do PT passará pelo teste das urnas - já que a eleição na seara petista tem voto dos filiados -, mas a volta oficial é dada como certa porque a chapa do antigo Campo Majoritário, grupo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desponta como favorita. "São Paulo e vários Estados indicaram José Dirceu para a chapa porque reconhecem sua importância para o PT", contou Francisco Rocha, coordenador da CNB. "Ele está na nossa chapa, sim, e com muito gosto", completou o secretário de Organização do PT, Paulo Frateschi. "Se alguém falar alguma coisa, vamos enfrentar o debate."
A estimativa da corrente de Lula e Dirceu é que Dutra tenha cerca de 52% dos votos. Mas pode haver segundo turno com Cardozo, candidato do grupo Mensagem ao Partido, que é apoiado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, desafeto de Dirceu. A rivalidade entre os dois veio à tona no rastro da crise do mensalão, em 2005, quando Tarso, então presidente interino do PT, exigiu que o colega - apontado depois pela Procuradoria-Geral da República como chefe da "quadrilha" do mensalão - saísse da chapa que disputaria o comando petista. Dirceu não saiu e Tarso retirou sua candidatura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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