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Jornal pagará dívida para voltar a funcionar

Por Agencia Estado
Atualização:

O jornal "Tribuna da Imprensa" vai pagar a dívida de R$ 60 mil que motivou a decretação de sua falência, e os advogados esperam que a empresa volte a funcionar na segunda-feira. "Os recursos para o pagamento já estão mobilizados e vamos pedir na segunda-feira a suspensão da falência", afirmou o advogado, Alfredo Bumachar. A "Tribuna da Imprensa" foi lacrada ontem, por ordem da 4ª Vara de Falências e Concordatas do Rio de Janeiro. O jornal não pagou a indenização devida ao desembargador Paulo César Salomão, que ganhou uma ação contra a "Tribuna" por ter sido vinculado a Collor e a PC Farias em um artigo publicado em 1996. Bumachar explicou que a "Tribuna" tentou pagar a dívida diretamente ao desembargador, mas que a proposta não foi aceita. "O desembargador Salomão achou que não seria conveniente", explicou. Bumachar disse que, caso o pedido de efeito suspensivo não seja acatado, o jornal fará um "pedido de continuação de negócios em caráter excepcional". "Trata-se de uma figura que existe na lei para permitir que uma empresa com falência decretada continue a funcionar", disse. Bumachar é especialista neste assunto, e já representou a TV Manchete durante sua falência. Ontem, a "Tribuna da Imprensa" havia anunciado que imprimiria o jornal em outra gráfica, para que ele pudesse circular normalmente. "A empresa mudou de idéia e decidiu não publicar o jornal para não afrontar a Justiça", explicou o advogado Celso Mareque. "A Tribuna da Imprensa" foi fundada em dezembro de 1949 por Carlos Lacerda, com o propósito de servir de veículo para as idéias da União Democrática Nacional (UDN) e combater o getulismo. "É um jornal que sofreu muito durante a ditadura militar e o período Vargas", disse o advogado. Segundo Bumachar a "Tribuna da Imprensa" tem 200 funcionários.

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