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Jornal de ACM mostra versão única dos fatos

Por Agencia Estado
Atualização:

Nas páginas do jornal Correio da Bahia há um mundo sem quebra de decoro parlamentar ou possibilidade de renúncia ou cassação, sem manifestações contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). O jornal, que pertence à família do pefelista, considerou que a notícia mais importante a apresentar, hoje, foi o fato de a Polícia Militar ter controlado a "baderna" (na realidade, uma manifestação) em Salvador, em que houve uma "suposta" invasão do câmpus da Universidade Federal da Bahia (o câmpus foi invadido) em que a PM agiu "de forma moderada" (professores e estudantes foram agredidos e feridos). O jornal não diz por qual motivo começaram os protestos e os confrontos com os policiais (o pedido de cassação de ACM). No texto da manchete "PM contém desordem", os protestos "encabeçados por partidos de oposição, militantes radicais do PSTU, grupos anarquistas e punks" simplesmente não tinham porquê. Na coluna "Em Foco", Antônio Jorge Moura faz uma análise do que ocorreu em Brasília. Para ele, o mais importante do relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ) era servir de "palanque" para uma possível candidatura do parlamentar, pelo PT. Segundo Moura, Saturnino, vestindo o "manto escarlate de inquiridor", esteve à frente de um "tribunal de exceção". O Correio não publicou o que pensavam os parlamentares que não integram a chamada "tropa de choque" de ACM. Já o jornal concorrente, A Tarde, que faz oposição a ACM, mostrou os acontecimentos de forma diferente. "Manifestação levou 15 mil às ruas", registrou em manchete. Com críticas à ação da PM, os textos davam conta de 18 feridos depois da ação "moderada" descrita pelo Correio da Bahia.

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