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Jobim reconhece dificuldades da aviação regional no País

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reconheceu hoje que está preocupado com as dificuldades da aviação regional no País. "A aviação regional é um tema que não sei como tratar. Como o Estado deve agir? Vamos abrir o debate", disse Jobim na abertura da 1ª Feira Anac de Aviação Civil, organizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com patrocínio das principais empresas aéreas do País. Jobim citou a escassez de vôos na Amazônia e de vôos no interior de Estados do Sul do País. No discurso, ele defendeu que o "conflito entre o setor privado e o público produza colaboração e entendimento" e disse que a cobrança das companhias aéreas leva o Estado a tomar iniciativas. "Se não tiver provocação das empresas, o sistema estatal paralisa. Dependemos da arrogância dos senhores, do atrevimento, para que possamos corrigir nossas situações internas", disse o ministro, dirigindo-se a donos e executivos das empresas aéreas. Jobim criticou as gestões anteriores do Ministério da Defesa, da Anac e da Infraero, a estatal que administra os aeroportos, por causa, segundo ele, da falta de integração. O ministro citou o caso da construção da terceira pista do aeroporto de Guarulhos, projeto anunciado na gestão do ex-ministro Waldir Pires e agora descartado. "Quando assumimos, já se falava na famosa terceira pista de Guarulhos. Eu comprei aquela idéia. De repente, resolvemos ouvir o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Vimos que a construção da terceira pista não tem sentido e durante cinco anos se falou nisso. A Infraero não tinha submetido ao Decea a análise da terceira pista", criticou o ministro.

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