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Jobim quer priorizar fronteira amazônica no conselho de Defesa

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Por Redação
Atualização:

O fortalecimento da segurança na fronteira da região amazônica será o principal projeto que o Brasil levará ao conselho sul-americano de defesa, que pode ser criado ainda esse ano, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A região amazônica, no entender do ministro, seria sensível à segurança por ser a menos habitada e a de maior extensão territorial. "A prioridade para o Brasil é a questão de fronteira. A Amazônia será a mais privilegiada", disse Jobim a jornalistas, na Escola de Guerra Naval. "Nós já temos um pelotão atuando na região, mas precisamos otimizar aquela área. No Brasil, não temos problemas ou disputa de fronteira", ressaltou Jobim, dizendo que o fortalecimento da segurança da Amazônia também fará parte do Plano Nacional de Defesa, que ele pretende apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro. Versões de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estariam operando na Amazônia brasileira foram rechaçadas pelo próprio Jobim, que não mencionou a organização guerrilheira ao falar dos objetivos do conselho sul-americano de defesa "Não se trata de criar uma Otan do Sul, o que queremos discutir nesse conselho é a formulação de um plano de defesa coincidente", afirmou. Jobim disse já ter conversado com os ministros da Defesa do Chile e da Argentina, e pretende levar a idéia ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e depois ao Suriname, Guiana, Colômbia e Bolívia. A expectativa do ministro é promover uma reunião em setembro para instalar o conselho ainda esse ano. "O conselho não vai substituir a atividade do ministério das Relações Exteriores. O que vamos tratar, exclusivamente, são questões de Defesa." (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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