Jobim pede a Lula posição contra revisão da anistia

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Por AE
Atualização:

Atendendo ao pedido dos comandantes das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aproveite a solenidade de hoje, no Planalto, de apresentação dos oficiais-generais promovidos, para encerrar a polêmica criada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de defesa da punição para militares que praticaram atos de tortura. "É preciso acabar com isso. Encerrar este assunto. Não podemos ter conduta de escalada das tensões", afirmou ontem Jobim, durante viagem à Amazônia, onde foi acompanhar a operação militar Poraquê. A intenção é que o presidente fale em público sobre o tema, mas não em um discurso oficial na cerimônia de hoje, o que daria tom institucional às declarações. O mais provável é que Lula exponha sua posição em respostas aos meios de comunicação, nas entrevistas que concede ao final das solenidades. Os militares entendem que só assim a polêmica seria definitivamente encerrada. Jobim descartou qualquer possibilidade de o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, e de o chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa, general Paulo César Castro, que participaram do seminário, no Clube Militar, na semana passada, no Rio, serem punidos. No encontro, as propostas e declarações de Tarso foram duramente criticadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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