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Jobim descarta privatização da Infraero,mas cogita abrir capital

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou na quinta-feira a possibilidade de privatização da Infraero e afirmou que está discutindo com o BNDES modelos para modernizar a autarquia. Entre as possibilidades analisadas estão a abertura de capital da Infraero, mantendo a maioria com o governo, e a concessão de alguns aeroportos brasileiros. "A primeira coisa que vai ser feita é um trabalho no BNDES para que consigamos atualizar e modernizar a empresa. O que vamos fazer depois, o governo vai analisar. O ministério da Fazenda já apresentou um projeto de abertura de capital, mas em momento algum se fala em privatização", disse Jobim a jornalistas após visitar o Arsenal de Guerra da Marinha. "O que se falou (no governo) e está na mesa é que poderíamos eventualmente caminhar para a concessão de aeroportos, mas nunca a privatização", enfatizou Jobim. Segundo ele, a Infraero precisa passar por uma modernização de gestão e ter um orçamento mais independente. "A Infraero não tem patrimônio. Se você quer reformar um aeroporto, a União tem que aumentar o capital da Infraero e é ela que investe no patrimônio da União", afirmou. Jobim disse que o Brasil tem cerca de 60 aeroportos e apenas 10 são rentáveis. Por esse motivo, acrescentou ele, a privatização está descartada, uma vez que possíveis interessados priorizariam apenas os aeroportos lucrativos. O ministro estimou que a demanda aérea esse ano deve aumentar de forma significativa e o governo está empenhado em remover o gargalo do tráfego nos aeroportos de São Paulo. "Temos hoje 1.980 vôos diários e deve haver um aumento de 150 vôos diários esse ano. Temos um gargalo muito forte em São Paulo, que concentra um terço dos vôos nacionais. Precisamos retomar os investimentos em São Paulo e o grande foco será Viracopos", afirmou. Apesar da atenção para o aeroporto de Viracopos, em Campinas, Jobim disse que o governo ainda não desistiu da idéia da construção de um quarto aeroporto no Estado. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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