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Jobim descarta presença de guerrilheiros das Farc na Amazônia

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Por Redação
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a população brasileira pode ficar tranquila porque não há guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias (Farc) infiltrados na Amazônia do país. "Temos 25 mil homens na Amazônia e um pelotão de fronteira que conhece bem a região. Fiquem tranquilos", disse Jobim a jornalistas após visita ao submarino Tikuna, na base naval do Rio de Janeiro. A declaração de Jobim deveu-se à afirmação do presidente equatoriano Rafael Correa de que poderia haver bases das Farc no Brasil. O ministro reiterou que o Brasil não fez nenhuma venda ilegal de armas e equipamentos para a Venezuela, como teria denunciado uma entidade de monitoramento de ações bélicas no mundo. Ele informou que em 2006 o Brasil exportou revólveres para a guarda da Venezuela, mas a operação só foi "realizada agora", e no ano passado o Brasil exportou balas de borracha e gás lacrimogêneo ao país vizinho. "Não tem nenhuma verdade nisso. Isso é falso", disse Jobim referindo-se à denúncia. Jobim aposta numa solução diplomática para o conflito entre Colômbia e Equador. "Temos certeza que as coisas se acalmarão. O Brasil e os demais países estão conscientes que a América do Sul só vai se desenvolver se for unida... O objetivo da América é ser um continente de paz". Jobim voltou a defender a criação de um conselho sul-americano de Defesa, proposta que fizera ao governo argentino em fevereiro, e que foi ressaltada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro disse que pretende visitar os países da América do Sul durante o primeiro semestre para programar uma reunião que crie o conselho de Defesa ainda esse ano. Jobim descartou que o conflito entre Colômbia e Equador vá acelerar o projeto de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras. Segundo ele, o projeto continua em andamento e deve ser concluído até setembro. O conflito entre Colômbia e Equador foi deflagrado após o ataque, no fim de semana, de militares colombianos a um acampamento das Farc em território equatoriano. O bombardeio resultou na morte de guerrilheiros, entre eles um líder do grupo. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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