
14 de outubro de 2010 | 17h33
Questionado se acredita que, se o vencedor das eleições não for a candidata do governo, Dilma Rousseff (PT), o processo FX-2 poderia ser todo alterado ou revogado, o ministro primeiro negou, mas depois desconversou: "Cada coisa a seu tempo, cada dia com a sua agonia."
Jobim é amigo pessoal de José Serra, candidato do PSDB à Presidência, foi o responsável pela condução de todo o processo FX-2 nesta segunda fase e preparou um relatório a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontando o modelo francês, Rafale, como o que mais se enquadra na Estratégia Nacional de Defesa.
O próprio Lula, em setembro do ano passado, durante a visita do presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou a escolha pelo modelo francês. Participam ainda da concorrência o caça norte-americano F-18 e o sueco Gripen.
Compra
Na palestra dada no evento, Jobim defendeu ainda a aprovação pelo Congresso do projeto de lei que muda a forma de aquisições de materiais de defesa, inclusive fardamentos, que hoje são em sua maioria importados, assim como o tratamento tributário dado a estes produtos de defesa.
Segundo o ministro, este tipo de produto precisa de "tratamento diferenciado" porque "são compras especiais e que, por isso, devem estimular o mercado interno e a produção nacional". Jobim disse ainda que "defendemos o fortalecimento das indústrias específicas e a criação de centros tecnológicos, assim como a expansão desta indústria".
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