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João Paulo quer CPI do Banestado na convocação extraordinária

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Por Agencia Estado
Atualização:

A inclusão na convocação extraordinária do Congresso em julho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista destinada a investigar a remessa ilegal de dólares ao exterior através do Banestado foi defendida hoje pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). ?Acho que essa CPI mista não deve ficar de fora?, disse o deputado. Ele disse, porém, que essa definição caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que convocará amanhã oficialmente o Legislativo para o recesso parlamentar. Com a CPI em funcionamento, João Paulo entende que as convocações de delegados e procuradores para discutir o assunto no âmbito das comissões permanentes da Câmara perderão a razão, pois um novo roteiro de discussão será organizado pelos deputados e senadores. ?Vamos ter que combinar as coisas depois da criação da CPI?, disse o presidente da Câmara. Em relação aos projetos de segurança pública, João Paulo informou que as propostas devem constar na pauta da convocação. Ele adiantou que uma das idéias discutida hoje com o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, em visita à Câmara, é a criação de uma comissão com representantes do Ministério da Justiça, Câmara e Senado, para elaborar um projeto de consenso sobre o porte ilegal e venda de armas, uma vez que as posições são divergentes no Legislativo e no Executivo. O presidente da Câmara admitiu que, se houver convergência, a iniciativa poderia ser adotada até mesmo por meio de medida provisória. Mesmo se essa idéia não prosperar, João Paulo quer discutir a questão da segurança pública em julho. ?Não vou deixar de apreciar esse projeto?, afirmou, numa referência à proposta sobre o porte ilegal de armas. A pauta da convocação está sendo tratada com discrição pelos presidentes da Câmara e do Senado que almoçaram hoje com o presidente Lula. Apenas dois temas estão confirmados na agenda de julho: a discussão e apresentação dos relatórios das reformas tributária e da Previdência e da Lei de Falências. Os dois assuntos estão em tramitação na Câmara e, depois de votados, ainda precisam ser submetidos ao Senado.

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