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João Paulo diz que cabe ao governo garantir quórum

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que o governo precisa colocar deputados na Casa para dar quórum e permitir que as sessões sejam realizadas para contagem de prazo de tramitação das reformas previdenciária e tributária. "O que falta é presença", disse. "Somos 513, e é impossível que 512 deputados mais o presidente da Casa estejam envolvidos com a fogueira de São João. É preciso atentar mais para a importância de ganhar os prazos". Ele se referia ao fato de, tradicionalmente nesta época do ano, as bancadas do Nordeste se ausentarem de Brasília para participar de festejos juninos em seus Estados. João Paulo disse que, se não há sessão, é possível que seja necessário adiar novamente o prazo para apresentação de emendas para as duas propostas de reformas. Judiciário João Paulo disse que a Previdência do Poder Judiciário, tem que ser analisada a especificidade da categoria. Segundo ele, assim como os militares, os juízes apresentam características distintas das dos demais servidores públicos. "Tem de ter diferença, mas não privilégio", afirmou, sustentando que a Câmara deve analisar a questão dentro dessa compreensão. Ele disse que a convocação extraordinária do Congresso para o mês de julho será feita esta semana, numa cerimônia que contará com a presença dele, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. João Paulo não especificou onde será realizada a cerimônia nem o dia. Amanhã, João Paulo deverá definir, em reunião com os líderes partidários, a pauta da Câmara para a convocação extraordinária. Uma proposta de pauta já foi entregue aos líderes, que deverão se manifestar amanhã a respeito e, possivelmente, tomar uma decisão. Nesta semana, a Câmara votará projetos de segurança e fará debates sobre violência. João Paulo disse entender que o ponto principal dessa discussão deve ser o crime organizado, que não existe em lei específica. Ele avaliou que o problema não se resolve somente com a aprovação de leis, mas com investimentos em segurança e ações da União, dos Estados e municípios na área social, como, por exemplo programas voltadas para a juventude. Ele disse, também, que o projeto que propõe a limitação do porte de armas, não incluído na pauta desta semana, em breve voltará à discussão. Segundo ele, dificilmente será obtido consenso sobre o tema, mas ele vai aguardar o parecer da Comissão de Constituição e Justiça antes da proposta entrar na pauta de votação.

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