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Jipes de Abadía são disputados em leilão regado a uísque e vinho

Por FERNANDA EZABELLA
Atualização:

Ao contrário da confusão da véspera no bazar de objetos apreendidos do traficante Juan Carlos Ramírez Abadía, apenas cerca de 300 pessoas participaram do leilão de itens mais caros que aconteceu na noite desta quarta-feira. Canapés, vinhos e uísques foram servidos aos convidados do evento, entre colecionadores e investidores, além de outras poucas pessoas que conseguiram entrar após retirar senhas na entrada do Jockey Club de São Paulo. Na terça-feira, no bazar de roupas, sapatos, móveis, aparelhos eletrônicos e utensílios domésticos, milhares de pessoas tentaram entrar no Jockey, eliminando em um único dia 85 por cento dos objetos. Diante do tumulto nos portões do jóquei, a polícia chegou a usar gás pimenta para dispersar a multidão e empurrou algumas pessoas no chão, Na noite de quarta-feira, o clima era outro, com garçons distribuindo bebidas à vontade. A venda aconteceu no lugar onde o jóquei realiza seus leilões de cavalos e contou com ampla de segurança de homens armados. Até às 22h, apenas 18 dos 87 lotes haviam ido a leilão, incluindo os dois jipes, uma das três bicicletas e alguns dos relógios. O primeiro e mais disputado lote foi o jipe Willis Overland de 1969, que levou cinco minutos para ser arrematado por 27,8 mil reais. O segundo jipe, um Ford Rural, saiu por 37 mil reais. "Gosto de jipes antigos, minha esposa também, achei que estava bem bonito", disse o comerciante Antonio, que comprou o jipe Willis vermelho, pedindo para não ter o sobrenome divulgado. "O fato de ser do Abadía não diz nada. Com certeza tinha que sair por menos", afirmou. Segundo a assessoria de imprensa do evento, o valor total das mercadorias era de 4 milhões de reais, embora os lotes estivessem sendo vendidos com lance mínimo de 30 por cento do valor de mercado. Uma bicicleta importada com valor médio de 17 mil reais, de acordo com o leiloeiro, foi arrematada por 7,9 mil reais. Também faziam parte do leilão grandes televisores e um relógio avaliado em 390 mil reais. Além de 20 policiais federais armados, havia soldados da Polícia Militar e homens da Justiça Federal.

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