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Jereissati diz que é preciso mudar cultura da seca

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador do Ceará, Tasso Jereissati, afirmou, ao deixar o Ministério do Planejamento, onde se reuniu com o ministro Martus Tavares, que o encontro que teve hoje com o presidente Fernando Henrique Cardoso e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, no Palácio da Alvorada, foi para tratar do novo programa contra a seca do governo federal. O governador disse que é preciso mudar a cultura da seca vigente no País. Para ele não adianta a criação de frentes de trabalho nem outros programas emergenciais. "Precisamos fazer algo definitivo na linha já proposta pelo governo do seguro-safra, que garante as perdas dos agricultores nos meses de estiagem", afirmou. O governador disse que não tratou, durante o encontro, da questão de segurança pública nos estados, mas reconhece que este deverá ser o principal assunto nas discussões das eleições do próximo ano. O governador criticou a declaração do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu a greve dos policiais. "Esta é uma afirmação perigosa, pois o que vimos foram sinais claros de um motim e insubordinação. Defender isso não é possível", disse Jereissati. Jereissati considerou boa a possibilidade de o ministro da Fazenda, Pedro Malan, se filiar ao PSDB. "É muito ruim alguém envolvido na política da forma como ele é ficar tanto tempo sem estar filiado a um partido", afirmou o governador. Referindo-se às recentes declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso de que o candidato oficial do governo à sucessão presidencial deve ser afinado com a política econômica, Jereissati disse que sempre defendeu a linha econômica adotada pelo governo Fernando Henrique. "Nesse aspecto até o PT concorda que não se pode romper com o FMI nem retroceder no processo de privatização", afirmou.

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