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Jaques Wagner enfrenta 1º protesto na BA; PSOL é aplaudido

Em evento, governador é vaiado por grupos contrários à greve dos professores

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Por Redação
Atualização:

O governador baiano, Jaques Wagner (PT), enfrentou nesta segunda-feira, 2, em Salvador (BA) a primeira manifestação pública contra sua administração, durante o desfile que integra as comemorações do 2 de Julho. O PSOL, porém, colheu aplausos da população. O bloco mais animado do cortejo era o formado pelos partidários do partido. Com a senadora Heloísa Helena à frente, os correligionários carregavam bandeiras e faixas, colhendo aplausos da população. A senadora distribuiu cumprimentos e abraços e evitou falar sobre política. Em alguns momentos do cortejo, que percorreu bairros históricos de Salvador, o governador, acompanhado pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, e por parlamentares federais e estaduais do PT, foi vaiado. Na maioria das vezes, os apupos vinham de grupos que manifestavam contra a greve dos professores da rede estadual, que chegou nesta segunda aos 54 dias. Cerca de 250 pessoas, entre pais, professores e estudantes, empunhavam faixas e entoavam palavras de ordem como "queremos educação" na Praça Municipal, por volta do meio-dia, quando chegou ao fim a primeira parte do cortejo. Mesmo com as manifestações, Wagner passou o percurso acenando para a população que acompanhava o desfile. "É uma festa emocionante, que simboliza a vontade do baiano - e do brasileiro - de viver em liberdade e com justiça social", avalia. "As manifestações são legítimas, fazem parte desse contexto." O governador afirmou ainda que a greve dos professores da rede estadual está praticamente restrita à capital. "Mais de 80% das escolas do interior já voltaram às aulas e, em Salvador, esperamos que as atividades voltem ainda nesta semana", afirma. Os professores promovem nova assembléia amanhã para avaliar a greve. O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), também não escapou das críticas. Em diversas sacadas do centro de Salvador, por onde passou o cortejo, bandeiras do Brasil e da Bahia eram intercaladas por panos pretos. DEM Quem se aproveitou das críticas foi a ala do DEM, que hoje integra a oposição à administração baiana. Capitaneados pelo ex-governador Paulo Souto e pelo deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto, os integrantes colheram algumas mensagens de apoio - e de solidariedade ao senador Antonio Carlos Magalhães, internado em São Paulo. "O senador lamentou não vir, mas pediu para que eu transmitisse seus cumprimentos ao povo baiano pela data", limitou-se a comentar ACM Neto, que aproveitou para desmentir as informações de que o estado de saúde de seu avô piorou.

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