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Japão ignora G-4 e fará proposta para ONU

Por Denise Chrispim Marin e BRASÍLIA
Atualização:

O governo japonês jogou um balde de água fria sobre sua articulação com o Brasil, a Alemanha e a Índia de atuarem em conjunto em prol da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do apoio recíproco para o ingresso no órgão como membros permanentes. O porta-voz do Ministério do Exterior do Japão, Tomohiko Taniguchi, informou que Tóquio formulará uma proposta exclusivamente japonesa de reforma do conselho para ser apresentada aos Estados Unidos. "Não será uma proposta conjunta do G-4", afirmou Taniguchi anteontem, referindo-se ao grupo formado pelo Japão, Brasil, Alemanha e Índia. "Mas pode vir a tornar-se conjunta. A proposta está em linha com o que o Brasil pretende", completou, sem dar mais detalhes. Surpreendido pelas declarações de Taniguchi, o Itamaraty informou que essa decisão japonesa não trará problemas. Taniguchi deixou clara a avaliação do governo japonês de que o G-4 "produziu muito pouco resultado". Diplomaticamente, o ministro do Exterior japonês, Taro Aso, enfatizou na terça-feira a Amorim que o Japão não desistiria de sua participação nesse grupo.

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