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Janot diz esperar aprovação das 10 medidas na Câmara 'sem surpresas ou más notícias'

Pacote ainda precisa passar pelo plenário da Casa; procurador-geral diz confiar na 'sensibilidade' dos parlamentares

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Por Beatriz Bulla
Atualização:
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot Foto: Dida Sampaio|Estadão

BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta quinta-feira, 24, esperar a aprovação do pacote de dez medidas contra a corrupção "sem surpresas e sem más notícias". Na noite de ontem, a comissão especial da Câmara aprovou o pacote, que agora precisará passar pelo plenário da Casa. 

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Líderes partidários articularam durante a madrugada derrubar o texto e aprovar um substitutivo em plenário, para incluir a anistia à prática de caixa 2 e a previsão de punir magistrados e investigadores por crime de responsabilidade.

Em discurso nesta manhã durante evento que debate as medidas com integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Janot ressaltou o fato de o projeto ter sido apoiado pela sociedade, com quase 2,5 milhões de assinaturas ao projeto de lei de iniciativa popular. 

"Esperamos que o parlamento tenha a sensibilidade de, em plenário, aprovar o contexto da proposta das dezmedidas. (...) Confio na sensibilidade do parlamento em ouvir a voz do cidadão", disse Janot.

O relator do pacote aprovado ontem, deputado Onyx Lorenzoni, participou do evento organizado na Procuradoria-Geral da República, mas saiu antes do discurso de Janot "em razão dos trabalhos na Câmara". Como estava no evento do Ministério Público, Onyx não participou da reunião do presidente da Casa, Rodrigo Maia, com líderes partidários sobre as alterações no texto. 

"Estou convencido e seguro de que o Brasil de amanhã será melhor do que o Brasil de hoje", disse Janot. Segundo ele, a Lava Jato conseguiu trazer para a discussão "a estrutura judiciária do Brasil". 

"Com o aprimoramento dessa investigação pudemos perceber algumas medidas legislativas que auxiliariam as investigações de combate à corrupção", disse o procurador-geral da República, que defendeu que a Lava Jato não pode ser "um ponto fora da curva" e, para isso, os órgãos de controle não podem ser enfraquecidos. 

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Pouco antes do discurso do procurador-geral da República, um integrante da Força-Tarefa da Lava Jato fez um discurso enfático sobre reações do Congresso contra o pacote. Para o procurador regional Carlos Fernando dos Santos Lima, deputados e senadores estão tentando uma "salvação" ao articularem a anistia ao caixa 2.

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