
07 de fevereiro de 2012 | 20h03
Primeiro, Couto falou das acusações das quais está sendo alvo pelo Ministério Público de desvio de recursos na época em que presidiu a Assembleia Legislativa paraense, entre 2003 e 2007. Admitiu ter "pecado" por omissão: não verificou as assinaturas falsificadas em processos. Mas esbravejou contra quem amplificou as ações do pecador: o Diário do Pará, jornal cujo diretor-presidente é Jader Barbalho Filho. "Todos os paraenses sabem qual foi a sua formação. Todos os paraenses têm conhecimento da sua formação, da sua origem", gritou Couto da tribuna do Senado.
"Se querem briga, vamos para briga, vamos para o pau", anunciou o desafeto de Jader. Ele disse que não fez fortuna com a política - mas já tinha patrimônio declarado em 2006, quando se elegeu, de R$ 598 mil. "Como é possível ser bilionário somente militando na vida pública?", questionou - Jader apresentou em 2010 à Justiça Eleitoral R$ 4,5 milhões de reais em bens.
Em nenhum momento da fala de cerca de 25 minutos, Couto citou nominalmente Jader, um estratagema para que o desafeto pudesse contestá-lo depois. O tucano avisou a José Sarney, presidente do Senado, que amanhã apresentará um novo capítulo da história. O objetivo: levá-lo ao Conselho de Ética. Perguntado depois se iria responder às acusações, Jader apenas sorriu.
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