Jader vai à TV para se defender

Por Agencia Estado
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O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), ocupou ontem, por mais de duas horas, um espaço em sua emissora de televisão para se defender das acusações de que tem sido alvo. Ele atribuiu ao que chamou de ?viúvas do ex-senador Antônio Carlos Magalhães?, a maior parte das denúncias, mas defendeu o empresário José Osmar Borges, seu ex-sócio em uma fazenda no Pará, e que é acusado de ser um dos maiores fraudadores da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). ?Ele era considerado um empresário vitorioso dentro da Sudam?, revelou o senador, ressaltando que chegou a visitar projetos de Borges em Mato Grosso, considerados por ele como ?de primeira qualidade?. Quando foi revelado que Jader tinha sido sócio de Borges, o senador afirmou que não tinha relações com o empresário. Depois que José Osmar Borges afirmou que havia ligado para o senador, quando eleito presidente do Senado, Jader se lembrou do telefonema, mas ontem confirmou que as relações com Borges eram maiores do que havia dito. Para justificar, ele disse que não tem obrigação de estabelecer se um empresário é ou não fraudador. ?Se um empresário frauda, o que eu tenho a ver com isso?, disse. A entrevista de Jader foi transmitida para 10 municípios do Pará por várias emissoras de rádio e televisão, além de ter sido gerada para todo País pela Rádio Senado. Nela, o senador fez acusações contra a imprensa, sugerindo que ACM ainda estaria por trás das denúncias. ?Estou pagando o preço de ter enfrentado o homem mais poderoso do Brasil. Estou enfrentando Deus e o mundo?, afirmou. ?Pago o preço de ter derrotado este homem e estou pagando o preço da viúvez da saída do ACM.? Sobre as acusações de desvios do Banco do Estado do Pará (Banpará), Jader afirmou tratar-se de notícia requentada. Ele criticou as apurações do Ministério Público Estadual de reabrir o caso, além de mostrar fotos para comprovar que o ranário de sua mulher Márcia Cristina Centeno, financiado pela Sudam, estava regular. Jader afirmou que ainda não sabe se será candidato ao Senado ou ao governo do Pará.

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