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Jader se diz despreocupado com o Conselho de Ética

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), afirmou não estar preocupado com o desfecho de seu julgamento no Conselho de Ética que, na próxima quinta-feira, deverá votar o relatório que pede a abertura de processo contra ele. ?Não estou absolutamente preocupado. Estamos numa casa legislativa, a mais alta da hierarquia, e tenho certeza de que essas questões serão apreciadas com muito bom senso?, disse o senador. Jader, no entanto, deixou claro que está sendo julgado por um episódio ocorrido há 17 anos - o desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará) - e não por atos praticados no exercício do mandato. ?Não creio que, em nenhum julgamento da sociedade civilizada, antes do processo já se estabeleça uma decisão. Isso ocorre em regimes ditatoriais e naquelas sociedades que não alcançaram o estágio de sociedade organizada com base no estado de direito. Estamos diante de uma situação que não foi adotada nem pelo Dops na ditadura. É a coisa mais ridícula do mundo?. Para Jader, ?o que está posto aí é de uma inconsistência que chega a ser uma brutalidade?. Ele citou também o fato de o governador Tasso Jereissati, do Ceará, estar sendo alvo de uma CPI na Assembléia Legislativa para investigar o rombo no Banco do Estado do Ceará (BEC). ?Quero saber se daqui a 17 anos, se o Senado tiver a honra de ser integrado pelo governador, se vai aparecer alguém para dizer que ele infringiu o decoro parlamentar pois houve uma CPI colocando o banco sob suspeita?, acrescentou Jader, evitando antecipar, porém, se o tom de seu discurso de terça-feira será de intimidação. De acordo com o raciocínio de Jader, o Conselho de Ética não teria como pedir a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar se ele não tivesse dito que não fora beneficiado com recursos do Banpará. "Eles ( integrantes do Conselho) não teriam como me pegar. Se eu tivesse chegado e dito que tudo isso aí é procedente, aí eu, segundo o relatório, não teria mentido e, em razão disso, não teria infringido o decoro parlamentar", afirmou.

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