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Jader diz que BC não tem provas contra ele

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Por Agencia Estado
Atualização:

"Está mais do que claro que o Banco Central, depois de anos, não chegou a provas, não há nenhuma comprovação contra mim. Depois de um ano e meio de campanha, não se consegue provar nada contra mim", afirmou o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), presidente licenciado do Senado, ao chegar ao Congresso, na tarde de hoje. Ele estava se referindo ao conteúdo dos depoimentos do ex-presidente do BC, Francisco Gros, e do procurador-geral do Banco Central, José Coêlho Ferreira. Eles disseram à comissão do Conselho de Ética do Senado que em 1992 não havia provas do envolvimento de Jader no caso do desvio de dinheiro público do Banco do Estado do Pará (Banpará). "Eles reafirmaram o que eu já havia dito, que o BC havia me excluído, que não conseguiram detectar provas que envolvessem Jader Barbalho. Isso não era suficiente. Está mais do que claro que o BC, depois de anos, não chegou a provas", reiterou. Jader disse esperar "que tudo seja esclarecido o mais rapidamente possível", referindo-se às denúncias levantadas contra ele e que estão sendo investigadas pelo Conselho de Ética. Barbalho questionou o fato de o parecer de 1992 do Banco Central sobre supostos desvios do Banpará não ter feito referências ao relatório técnico do auditor Abrahão Patruni Júnior, que o aponta como um dos beneficiários de desvios de recursos do banco paraense. "Se eles tivessem encontrado provas, a redação do parágrafo do parecer em que se fala que não foram encontradas provas contra mim seria diferente", observou Jader. "Quem disse que esse relatório do Patruni não tinha credibilidade foi o próprio Banco Central", argumentou. Em conversa com a Agência Estado, Jader disse que não pretende comparecer hoje à CPI da Grilagem, na Câmara dos Deputados. Ele informou que já enviou um ofício ao presidente da Comissão perguntando exatamente quais assuntos deverá esclarecer. Jader contou que já foi informado que o ponto que vem sendo questionado pela CPI diz respeito a uma vila amazônica, um episódio ocorrido há 13 anos que está sob apreciação judicial em decorrência de pendências judiciais com o Incra. Hoje, foi adiado mais uma vez o depoimento que Jader Barbalho prestaria à comissão do Conselho de Ética, que investiga as denúncias de envolvimento do senador em corrupção. Jader falará à comissão somente na próxima quarta-feira, às 10 horas.

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