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Jader deve explicar denúncias sobre Sudam

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Por Agencia Estado
Atualização:

Depois da folga da Semana Santa, a expectativa é de que o clima político do Congresso comece a ferver a partir de hoje. No centro do noticiário estará o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), que há dois meses tenta iniciar, de fato, sua gestão, mas não consegue se desvencilhar das acusações de envolvimento em desvio de recursos públicos. Interlocutores do presidente do Senado informaram, no final de semana, que ele pretende fazer um discurso, provavelmente hoje, para tentar explicar seus negócios com um empresário acusado de ser um dos maiores fraudadores da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O assunto teve ampla repercussão na imprensa nos últimos dias, reforçando o coro dos políticos que pressionam Barbalho a se licenciar do cargo até que os fatos sejam esclarecidos. O receio do governo, neste momento, é de que o presidente do Senado contra-ataque com novas denúncias, o que poderia reacender a chama de uma CPI, considerada inoportuna para os partidos da coalizão governista. Os articuladores políticos do governo esperam isolar o fato no Conselho de Ética do Senado, mas não será fácil. Amanhã, o assunto deverá ser abordado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), durante audiência pública com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PMDB-RN). Os fatos novos - negócios de Barbalho e sua mulher com o empresário José Osmar Borges - revelados pela revista Veja certamente serão o principal assunto da semana nas conversas, pronunciamentos, debates e articulações do Congresso. Ainda não é possível saber em que medida isso poderá comprometer a agenda dos projetos de interesse do governo. A prioridade está na Câmara, onde a turbulência é menor. O líder do governo, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), deve se encontrar também amanhã com o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), para discutir as matérias que estão na agenda. O governo quer votar, esta semana, os dois projetos de lei complementar que regulamentam os fundos de pensão públicos e privados, que estão trancando a pauta do plenário da Câmara. Diante da nebulosidade política, enviar esses dois projetos à sanção presidencial esta semana será uma grande façanha.

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