O ex-senador Jader Barbalho afirmou que não irá "bater boca" com o procurador federal de Palmas (TO), Mária Lúcio Avelar, que o acusou de chefiar a quadrilha envolvida no suposto desvio R$ 44 milhões liberados pela extinta Sudam para a empresa Usimar Componentes Automotivos construir uma fábrica em São Luís (MA)."Eu discuto com o procurador no âmbito adequado, que é o Poder Judiciário. Os representantes do Ministério Público não são a Justiça no Brasil, mas parte da relação processual", disse Jader. Para ele, a manifestação de Mário Lúcio Avelar caracteriza um "pré-julgamento, falta de isenção e passionalidade com que o assunto está sendo tratado?. A Constituição Federal, observa, é clara ao argumentar que nenhuma pessoa pode ser declarada culpada, sob qualquer aspecto, antes de o assunto passar pelo crivo da Justiça. Essa nova acusação do procurador, diz Jader, não passa de mais uma ?orquestração? parecida, segundo ele, com três boatos recentes envolvendo seu nome e que foram amplamente divulgados pela mídia nacional, mas depois "desmoralizados" pela dinâmica dos fatos. "Primeiro, disseram que a minha mulher tinha desviado R$ 10 milhões da Sudam para construir um ranário. Ficou provado na Justiça Federal que era uma deslavada mentira. A seguir, inventaram que o Mário Frota, deputado estadual do Amazonas, tinha proposto a um empresário, em meu nome, 5 milhões de dólares para influenciar em assuntos na Sudam. Na Justiça, provou-se que tudo era uma tremenda falsidade, inclusive a fita da conversa telefônica. Por fim, disseram que uma mulher tinha me visto no hall de um hotel em São Paulo recebendo um cheque de R$ 4 milhões. Ela foi à Polícia Federal afirmar que tudo era mentira. Quer dizer, envolvem milhões e milhões com milhões de mentiras". Jader disse que seus adversários políticos mal esperaram o começo da campanha eleitoral para atacá-lo. Isto seria, na opinião dele, uma prova de que há gente incomodada com a possibilidade de sua grande votação no Estado. Por conta disso, assegura que sua resposta aos "caluniadores" será mais uma vez "dada nas urnas".