Jackson assume no Maranhão com discurso de libertação

´Somos um Estado livre!´, disse governador sobre o fim dos 16 anos de PFL

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Por Agencia Estado
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"O Maranhão não tem mais dono. Somos um Estado livre!". Frases de efeito como esta - dita pelo novo governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) - dominaram os discursos nesta segunda-feira a cerimônia de posse do pedetista, em São Luís. A posse teve duas solenidades: a posse propriamente dita, na Assembléia Legislativa, e a transmissão de faixa, na Praça Maria Aragão, onde cerca de oito mil pessoas estiveram presentes. O novo governador afirmou que a solenidade de posse é um símbolo da derrota da última oligarquia do País. "Renascer de um novo ano traz consigo o ato inaugural de um outro Maranhão, que, ao exercitar a democracia, rompe barreiras que o condenavam ao Atraso e a velhas práticas que o Brasil já havia afastado. Desejo um Maranhão contemporâneo do Brasil democrático", afirmou o pedetista em discurso. Já o governador que sai, José Reinaldo Tavares (PSB), que é considerado o principal articulador da eleição de Jackson, comentou em seu discurso de posse a dívida do Estado. "Em 1994, a dívida estadual montava em pouco menos de R$ 1,2 bilhão. Quando assumi, recebi uma dívida d R$ 6 bilhões. Passei dois anos sem poder movimentar. Mas depois de uma reforma fiscal, conseguimos trabalhar nos dois últimos anos e investir R$ 900 milhões. Porém agora estou entregando os mesmos R$ 6 bilhões de dívidas que da forma com que foi negociada no governo anterior na melhor das hipóteses só termina em 2022", afirmou Tavares. Nas duas solenidades apenas três políticos discursaram: o próprio Jackson algo, o agora ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o presidente da Assembléia Legislativa, o tucano João Evangelista. Os três representam as três principais forças que trabalharam para derrotar a filha do senador José Sarney e ex-governadora, Roseana Sarney. A posse de Jackson Lago significou um quebra histórica, há 16 anos somente governadores ligados ao PFL assumiam o governo do Maranhão - Zé Reinaldo só rompeu com o partido em 2005.

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