
09 de junho de 2011 | 03h38
O governo da Itália anunciou, na madrugada desta quinta-feira, que entrará com recurso na Corte de Justiça de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na noite de quarta-feira, 9, determinou a imediata soltura do ex-ativista italiano Cesare Battisti, negando sua extradição.
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Battisti deixou o presídio da Papuda, em Brasília, no início da madrugada. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, expressou "desgosto" diante do veredicto. Para a ministra da Juventude da Itália, Giorgia Meloni, a negativa de extradição é a "enésima humilhação" às vítimas do terrorismo.
Por 6 votos a 3, o STF considerou que a decisão do então presidente Lula de negar a extradição de Battisti ao governo italiano foi um ato soberano e não podia sequer ser analisado pelo tribunal - que havia autorizado, antes, a extradição.
O ex-ativista esteve preso no Brasil desde março de 2007 a pedido da Itália, cuja Justiça o condenou à prisão perpétua por quatro homicídios. O governo italiano contestava no STF a decisão do ex-presidente. As informações são da Dow Jones.
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