
02 de dezembro de 2009 | 17h47
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), reagiu com indignação à citação de seu nome no arquivo secreto da Construtora Camargo Corrêa, que sugere uma contabilidade paralela da empreiteira, investigada na operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. "Lidar com cafajeste é uma coisa brutal. Estou indignado. É uma infâmia sem tamanho", disse Temer.
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Inicialmente, ele havia optado por não dar entrevista. Por meio de sua assessoria de imprensa, porém, classificou a informação como "infâmia"."Isso é uma infâmia e os responsáveis por essa infâmia devem ser identificados e punidos na forma da lei", disse o deputado,
Ele informou ainda que soube que não se trata de um papel oficial, que fala de um período em que ele era presidente da Câmara, e observou que seu nome está grafado de forma errada: "Themer". "Quero dizer enfaticamente, em letras garrafais, que se trata de uma infâmia. Coisa vil, de gente vil, que se utiliza disso para chamuscar o nome dos outros", declarou o presidente da Câmara.
Segundo Temer, todas as contribuições que recebeu foram doações de campanha eleitoral, feitas durante períodos de eleição. "Todas elas estão nas prestações de contas apresentadas oficialmente", garantiu o deputado.
Temer lembrou, por meio de sua assessoria, que todas suas prestações de contas foram analisadas e julgadas regulares pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O deputado disse que nesta quinta-feira, 3, apresentará uma petição para obter os documentos nos quais seu nome é citado e que, quando receber os documentos, responsabilizará os que os produziram. Ele é citado 21 vezes no arquivo, entre 9 de outubro de 1996 e 28 de dezembro de 1998, ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. As planilhas constam dos autos da Castelo de Areia, operação integrada da polícia Federal (PF) e da Procuradoria da República.
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