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Isolado, PT apela à militância para apoiar proposta de plebiscito

Mensagem enviada por Dilma ao Congresso nesta terça-feira, 2, foi alvo de críticas até de aliados

Por Erich Decat
Atualização:

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), fez nesta quarta-feira, 3, um apelo à militância do partido para que dê "toda a força" ao plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff sobre a reforma política. Dilma enviou nesta terça-feira, 2, ao Congresso mensagem com cinco temas propostos para a consulta pública. O texto foi alvo de críticas até de aliados. Os temas propostos pela presidente são: financiamento público de campanha; sistema eleitoral (proporcional, distrital puro ou misto; voto majoritário para a eleição de parlamentares e voto em lista fechada ou flexível); fim dos suplentes de senadores; manutenção de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores, e fim ou não do voto secreto no parlamento.  "Quero conclamar toda a nossa militância a apoiar o plebiscito proposto pela presidente da República", afirmou Falcão. A convocação dos petistas foi feita por meio de um vídeo divulgado nesta quarta-feira na página da legenda na internet. "Além dos pactos que ela já encaminhou para a sociedade para melhorar a saúde, educação e, principalmente, transporte das cidades, ela quer agora ouvir a população. Sensível à chamada voz das ruas, ela escutou as demandas que vinham da população e agora ela sugere o Congresso Nacional que ouça o povo na rua e a maneira de ouvir as pessoas nas ruas é fazer o plebiscito da reforma política", disse.No vídeo, ele também afirmou que a bancada apoia por unanimidade a proposta. De acordo com o que apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apesar das declarações em público, não há consenso dentro da bancada sobre os itens propostos por Dilma.A insatisfação por parte dos deputados foi exposta nesta quarta em reunião da bancada que durou mais de 3 horas. Entre os itens questionados, está a eliminação da suplência dos senadores e o fim do voto secreto, temas que consideram da alçada "exclusiva" dos parlamentares. Além de uma divisão dentro da sigla, aliados como PMDB, PSB, PP também se posicionaram contra a proposta da presidente.

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