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Iris Rezende omitiu que tinha 14 armas em casa

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da comissão de segurança pública do Congresso, senador Iris Rezende (PMDB-GO), divulgou nota ontem na qual afirma que partiu dele mesmo a iniciativa de revelar que possui 14 armas em casa. A informação é falsa. Nas entrevista que concedeu, no decorrer da semana, Iris disse que era dono unicamente um revólver calibre 32. Os registros que estão em seu nome no Cadastro Nacional de Armas mostraram que o senador mentiu. Ele teria em casa seis espingardas, sete revólveres e uma pistola. Iris Rezende afirma na nota que suas posições pessoais, contrárias ao desarmamento da população, não devem ser confundidas com a função de presidente da comissão. ?É evidente que todas as decisões da comissão serão tomadas coletivamente?, defende. Afirma ainda que nunca ocultou sua posição sobre a questão das armas no Brasil, que é priorizar o desarmamento do bandido ?que porta armas muitas vezes superiores às da própria polícia?. Para o senador, o cidadão comum guarda em casa ou no local de trabalho ?um instrumento de defesa, pressionado pela sensação de que o nível de segurança pública no nosso País ainda não é o ideal?. ?Em momento algum defendi a venda de armas?, ressalva, lembrando que o assunto será examinado pela comissão de segurança pública. Será instalada, na próxima quarta-feira, na Câmara uma comissão permanente destinada a receber e investigar denúncias relacionadas com a segurança pública. A resolução propondo sua criação, do deputado Lino Rossi (PMDB-MT), foi aprovada nesta quinta-feira. Suas atividades terão início dia 6 de março. Rossi acredita que, a partir de então, será agilizado o exame de matérias legislativas capazes de levar à redução da criminalidade no País. A comissão atuará no combate ao crime organizado, ao narcotráfico e ao contrabando. Vai dedicar-se também ao controle da venda de armas, à proteção de testemunhas e ao combate à violência rural.

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