
17 de novembro de 2011 | 07h18
O 10º Torneio Nacional de Futebol Society do Ministério Público, promovido pela Associação Mineira (Ammp) em parceria com a Associação Nacional (Conamp) do Ministério Público, foi realizado durante o feriado prolongado na Toca da Raposa I, antigo centro de treinamento do Cruzeiro, na região da Pampulha. O clube é presidido há anos por Perrella, que anunciou desistir de uma nova candidatura apenas depois que assumiu uma vaga no Senado no lugar de Itamar Franco (PPS-MG), morto em julho.
Além dos campos de futebol cedidos pelo investigado, o torneio, para o qual era cobrada inscrição, recebeu recursos da Belotur, órgão de fomento ao turismo da prefeitura. O órgão cedeu R$ 10 mil a título de "auxílio financeiro" para o evento, que não foi aberto ao público. Segundo o edital da Belotur, seriam patrocinados "eventos de potencial turístico" na cidade.
Perrella é alvo de pelo menos duas investigações do MPE. Uma delas é por suspeita de enriquecimento ilícito. Os inquéritos tramitam na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte. Responsável por conduzir as investigações, o promotor Eduardo Nepomuceno assegurou que o evento "não repercute em nada na apuração" contra o senador do PDT de Minas Gerais. "Não tem relação nenhuma entre uma coisa e outra. A organização do evento é da Conamp. É uma entidade privada, composta por associações de classe e o Cruzeiro forneceu o espaço. E não teve, até onde eu saiba, nenhuma interferência da pessoa do Zezé Perrella. Ainda assim, mesmo se houvesse, nada interfere na investigação que está sendo levada aqui", disse. A reportagem não conseguiu ontem contato com o senador. A reportagem também tentou falar com Gelton Pinto Coelho, presidente do conselho da Belotur, mas ele não retornou os recados deixados com sua secretária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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