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Integrantes da Via Campesina interditam estrada em Minas

Manifestantes protestam contra empresas transnacionais e sistema financeiro do País

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 400 integrantes da Via Campesina fecharam nesta quarta-feira, 7, por cerca de quatro horas, a estrada que dá acesso à mina Capão Xavier, da Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), na região metropolitana de Belo Horizonte. A Via Campesina inclui integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e pequenos agricultores. De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes, em sua maioria mulheres, iniciaram o protesto por volta das 6h30 desta quarta-feira e foi encerrado às 10h30. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) detém 90% do capital da mineradora invadida. A emrpesa informou que aproximadamente 12 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser produzidas. Tensão Durante o bloqueio da estrada, houve tensão com a chegada da PM. Os manifestantes montaram barricadas e queimaram pneus no local, impedindo a passagem de veículos. Uma das líderes do movimento, Joana Tavares, disse que o protesto tinha por objetivo denunciar "as empresas transnacionais e o sistema financeiro, que buscam o controle dos recursos naturais do País", bem como a privatização da Vale. A manifestação da Via Campesina foi encerrada após a chegada do secretário extraordinário para Assuntos de Reforma Agrária de Minas, Manoel Costa, que se reuniu com as mulheres. Até o início da tarde desta quarta-feira, a MBR não havia se posicionado sobre o assunto. Conforme a Via Campesina, 600 mulheres participaram do ato. Joana acusou os policiais de dispararem tiros de borrachas contra as manifestantes. Segundo ela, uma mulher foi atingida de raspão na barriga. A PM negou qualquer prática de violência ou de repressão ao protesto. Vale A CVRD divulgou nota na qual "lamenta e condena atos com intenção política que interrompam suas atividades ou ameacem a segurança de seus empregados". No comunicado, a Vale afirma que prevê investir, este ano, US$ 4,6 bilhões no País, empregando em torno de 43 mil pessoas. "Em 2006, seus investimentos na área sócio-ambiental somaram R$ 300 milhões, beneficiando três milhões de pessoas em 500 municípios de todo o País", concluiu a nota. Texto atualizado às 16h48

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