PUBLICIDADE

Instituto Palavra Aberta debate liberdade de expressão

Palestrantes destacam papel da imprensa na era pós-verdade

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA – O Instituto Palavra Aberta promoveu na manhã desta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados a 11.ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão. Parlamentares, jornalistas e especialistas em comunicação debateram a difusão de notícias falsas.

PUBLICIDADE

O evento foi dividido em dois painéis de discussão: o impacto das notícias falsas na democracia e o papel da imprensa na era pós-verdade (termo que trata de acontecimentos tidos como realidade e disseminados sem comprovação ) e o resgate do jornalismo profissional. Durante os debates, os palestrantes destacaram que a evolução tecnológica e o surgimento das redes sociais potencializaram a propagação de rumores e concluíram que a institucionalização da atividade jornalística profissional é o caminho para combater os chamados “fake news”.

Em sua participação, o diretor-executivo de jornalismo da rádio CBN, Ricardo Gandour, disse que o jornalismo exerce um papel de mediador na sociedade democrática e criticou a “indústria” das notícias falsas. Gandour citou como exemplo a divulgação, na semana passada, de uma informação de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estaria dando andamento a uma proposta de reforma política que viabilizava a prorrogação do mandato do presidente Michel Temer. A informação propagada não correspondia ao projeto em tramitação. “O jornalismo é hiper necessário e tenho convicção de que sempre será”, declarou.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) observou que a produção de notícias falsas tinham, num passado recente, uma “escala artesanal” e com as redes sociais ganharam ares de “escala industrial”. “Isso tem muito impacto na vida social, altera o debate político”, observou. Para o parlamentar, como as redes sociais refletem engajamento político e causam mobilização social, uma falsa notícia pode ter efeitos “catastróficos”. “Há de se dar valor ao jornalismo autêntico”, concordou.

Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) destacou que o mundo vive uma época marcada por “intrigas”, onde a maior parte da população não sabe distinguir a verdade da mentira. “A busca da verdade liberta”, defendeu.

Também participam dos debates os jornalistas Marcelo Rech (presidente da Associação Nacional de Jornais) e Andreza Matais (colunista do jornal O Estado de S.Paulo), além do deputado Márcio Marinho (PRB-BA) e a senadora Ana Amélia (PP-RS). “A gente tem de ter um cuidado maior, principalmente neste momento de grandes desafios para o País”, ponderou a senadora durante as discussões.

A conferência tem apoio institucional da Câmara dos Deputados e do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS), além do suporte das entidades ABAP, ABERT, ANER, ANJ e Revista Imprensa.

Publicidade