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Insatisfeitos com Dilma, aliados procuram palanque tucano

Parlamentares devem mudar de legenda até 3 de outubro para apoiar em seus Estados candidato do PSDB

Por Leandro Colon , Carol Pires e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

Insatisfeitos com o apoio à pré-candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff, parlamentares da base do governo vão mudar de legenda até 3 de outubro para dar palanque nos seus Estados ao candidato do PSDB, seja ele José Serra ou Aécio Neves. Nos próximos dias, os tucanos esperam garantir espaço relevante no Espírito Santo, Acre e Rondônia, lugares em que o PT vem montando chapas fortes para ajudar a ministra da Casa Civil.

 

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Nesta quinta-feira, 24, a deputada federal Rita Camata (ES) confirmou que está prestes a sair do PMDB. Vice na chapa de Serra em 2002, ela tem sido procurada pelo governador paulista para se filiar ao PSDB. Em troca, poderá disputar o Senado - cargo que não teria chances de concorrer pelo PMDB, que vai lançar o governador Paulo Hartung.

 

Mudando de lado, Rita ganharia a chance de ser senadora e abriria espaço para fortalecer a candidatura tucana no Espírito Santo, onde o PSDB quer lançar o deputado Luiz Paulo Velloso Lucas para o governo.

 

Dando prosseguimento às trocas partidárias, na sexta-feira, 25, o comando do PSDB estará em Rondônia para a filiação do senador Expedito Júnior, que deixou o PR - da base do governo Lula - para apoiar o presidenciável tucano. "Ficaria numa situação complicada com o PR apoiando a Dilma", afirmou.

 

No Espírito Santo, o PMDB já fechou com o PT. Os petistas devem apoiar o vice de Hartung, o peemedebista Ricardo Ferraço, ao governo, garantindo um forte palanque para Dilma. Rita sempre manteve distância da ala do PMDB ligada ao Palácio do Planalto.

 

Outro ingrediente para tentar o Senado é que seu marido, o senador Gerson Camata, encerra seu mandato e não pretende continuar na política. "Eu não decidi ainda a mudança. Sempre fui do PMDB, mas tem horas que a gente precisa tomar algumas decisões importantes", sinaliza.

 

Outro que deve mudar de partido para ajudar a candidatura tucana é o senador Geraldo Mesquita, do PMDB do Acre. Sem espaço na sua legenda para disputar a reeleição, ele avalia proposta do PSDB. Propõe, por exemplo, a criação de uma frente parlamentar a favor do governador paulista. "O PMDB deveria ter um programa nacional, e não se contentar em ser a noiva da eleição. Vai se conformar com um papel secundário", diz.

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