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Inquérito da polícia do DF vê indícios de fraudes no MEC

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Por Alana Rizzo
Atualização:

Inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal (DF) encontrou indícios de fraudes e desvios em contratos da empresa FJ Produções e Eventos com o Ministério da Educação (MEC).Dados do Portal da Transparência mostram que, nos últimos dois anos, a empresa faturou mais de R$ 70 milhões no ministério. Este ano, a FJ - uma campeã de negócios com o MEC - já recebeu R$ 32 milhões do governo federal. Do total, mais de R$ 15 milhões vieram dos cofres da Educação.O inquérito n.º 95/2011 foi aberto no ano passado para investigar a ação da empresa no governo do petista Agnelo Queiroz, mas depoimentos e buscas e apreensões no âmbito da Operação Balder acabaram identificando um braço do esquema no MEC, durante a gestão de Fernando Haddad, que deixou a pasta em janeiro deste ano.Segundo as investigações, há suspeitas de que o grupo, comandado pelo empresário Jamil Elias Suaiden, dono da FJ, superfaturava contratos públicos, forjava pagamentos e fraudava processos licitatórios, inclusive no MEC.A Polícia Civil do Distrito Federal também colheu depoimentos indicando que a empresa manipulava licitações no MEC, reforçando a análise preliminar dos documentos apreendidos.RespostaO Ministério da Educação negou qualquer irregularidade no contrato com a FJ Produções. De acordo com a assessoria de imprensa, a pasta não foi notificada de investigações na empresa e sustenta que as contas foram aprovadas pelos órgãos de controle. O MEC informou ainda que o contrato com a FJ no valor de R$ 46 milhões por ano passou regularmente por todas as etapas da licitação.O Estado não conseguiu localizar Jamil Suaiden ou representantes da FJ Produções na sede da empresa registrada na Junta Comercial nem nos telefones registrados no inquérito. A assessoria de Fernando Haddad disse que o ex-ministro não se manifestaria sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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