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Inocêncio não quer que ACM afunde atirando

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PFL na Câmara, deputado federal Inocêncio Oliveira, garantiu nesta sexta-feira, no Recife, que o seu partido vai lutar "até a última hora" para que o senador Antonio Carlos Magalhães não saia "atirando" no Governo Federal. "Não é hora de nem aliados nem a oposição atirarem no Governo ou em nada", defendeu. "A crise não é do governo, é do País, da sociedade", acrescentou. Oliveira disse que o PFL "esteve, está e estará com ACM". "Ele sempre teve e terá nosso apoio e, depois de tudo que ele fez pelo Brasil, o PFL não vai ter a hipocrisia de deixá-lo no meio do caminho", frisou, afirmando que o senador tem 76% da preferência do eleitorado baiano, segundo pesquisa recente, além de 3 milhões de votos no Estado e de ter eleito três senadores, cerca de 20 deputados federais e quase 400 prefeitos. "Qual o partido que despreza esse cabedal?", indagou. Ele disse, entretanto, que em caso de ACM se indispor por completo com o Governo, o PFL não vai para a oposição. "O PFL não salta do barco antes do tempo e será o último a sair e a apagar a luz". Pelos argumentos usados pelo deputado, a tendência é o partido convencer o senador de que ele ainda tem futuro, devendo investir em novos projetos. "Ele deve mostrar a sua face positiva, do homem público que trabalhou pelo Fundo de Erradicação da Pobreza, pela CPI do Judiciário, pelo salário mínimo de R$ 180,00, pela valorização do Legislativo", disse. Inocêncio afirmou que ele e mais uma "expressiva" comitiva de parlamentares, que incluirá o ministro da Previdência, Roberto Brandt, irão acompanhar ACM em seu retorno à Bahia na próxima quinta-feira, no dia seguinte ao de sua provável renúncia ao Senado. "Espera-se que 50 mil pessoas recepcionem o senador em Salvador", acrescentou Oliveira. Oliveira deu entrevista durante almoço em sua homenagem, em que anunciou que vai se candidatar à reeleição no próximo ano. Recentemente, ele prometeu deixar a vida pública por ter perdido a presidência da Câmara de Deputados. "Sou um homem realizado politicamente, mas voltei atrás para ajudar o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) no seu trabalho de resgate do desenvolvimento do Estado e para contribuir com o Governo Federal neste momento de crise", explicou.

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