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Inocêncio diz que deixa liderança do PFL se perder

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), garantiu que, se perder a disputa pela presidência da Câmara, deixará a liderança do partido. Ele argumentou que, como já se declarou independente, não poderá liderar mais o PFL, que continuará apoiando o governo. "Minha vida já está traçada. Eu não tenho o direito de deixar meus amigos na mão. Não sou general que deixa os feridos no meio do caminho", afirmou Inocêncio, referindo-se ao grupo de pefelistas que o acompanha e que também poderá ter uma postura mais independente em relação ao governo, caso o PFL não conquiste a presidência da Câmara. Inocêncio disse que já colocou à disposição do governo os dois cargos para os quais indicou correligionários de Pernambuco: os diretores regionais da Fundação Nacional de Saúde (FNS) e da Dataprev naquele Estado. O líder disse que conversou hoje, por telefone, com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e lhe pediu que intermediasse um acordo com o líder do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), para a troca de cargos na mesa diretora da Câmara. Inocêncio está oferecendo ao PMDB a 1ª vice-presidência em troca da 2ª vice-presidência. O líder do PFL disse que o oferecimento de um cargo melhor ao PMDB é uma homenagem ao partido. Mas, na verdade, o que ele pretende é estimular uma dissidência na bancada do PMDB, oferecendo um cargo mais atraente para disputa interna daquele partido. Inocêncio disse que a decisão tomada por Temer, de que a negociação de cargos da mesa, exceto a presidência, só pode ocorrer entre os líderes, não lhe foi desfavorável. Segundo ele, para negociar o apoio de outros partidos poderá deixar de indicar os dois representantes a que o PFL tem direito na mesa, evitando uma disputa e deixando ao partido a prerrogativa de cumprir acordos partidários após a eleição.

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