
19 de junho de 2013 | 14h25
A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff, registrada pela pesquisa CNI/Ibope, mostra que a alta dos preços atingiu a percepção e o bolso do eleitor, na avaliação do gerente-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca. "A economia estava ruim, mas o que afeta a população é a inflação e as pessoas começaram a sentir", diz.
Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 19, a proporção da população que considera o governo ótimo ou bom está em 55%, oito pontos a menos na comparação com o levantamento feito em março. A alta de preços, conforme o executivo, foi a principal razão para a queda.
Para ele, apesar de a economia ter dado há algum tempo sinais de desaquecimento, a população ainda não compreendia o significado do baixo crescimento econômico, e sim o combate ao desemprego, um dos setores mais bem avaliados na pesquisa. Agora, o cenário econômico mudou a realidade vivida no dia-a-dia da população e atingiu diretamente a avaliação do governo. "A correlação entre popularidade de um presidente e a questão econômica é muito alta", afirmou Fonseca.
Quanto à onda de protestos e seu poder de afetar a imagem do governo nas próximas pesquisas, Fonseca acredita que é preciso entender melhor o fenômeno. "A maneira como esse protesto será elucidado, se as questões serão discutidas, e aí tanto pela presidente quanto por governadores ou por prefeitos, isso vai afetar a opinião da população. Ou seja, não só o protesto em si, mas como o governo vai lidar com esse protesto."
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