Índios fazem reféns dois funcionários da Funasa em MS

O ato foi em protesto contra a substituição do chefe do posto da Funasa na Aldeia Buriti, sem qualquer consulta junto a comunidade

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 40 índios da etnia Terena, pintados para a guerra e portando armas rudimentares, fizeram dois funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) reféns e tomaram o posto da instituição situado dentro de Aldeia Buriti, no município de Sidrolândia, a 120 quilômetros de Campo Grande, na última segunda-feira. Os servidores públicos Nelson Carmelo Olazar e Roberto da Silva e Souza foram levados para o interior da aldeia. Na aldeia, onde vivem cerca de 3.800 terenas, os reféns foram confinados em uma choupana onde passaram a noite, sob vigilância dos índios, e pela manhã puderam andar por locais determinados. Sindicância A manifestação foi em protesto contra a substituição do chefe do posto da Funasa, sem qualquer consulta junto a comunidade, conforme afirmou o índio Gerson Alves. "Foi escolhido um branco. Nós não queremos porque a aldeia inteira acha que branco não sabe lidar com índios". A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os motivos da detenção dos funcionários. O coordenador regional da Funasa, Pedro Paulo de Siqueira Coutinho, se reuniu com os manifestantes e garantiu que as reivindicações, entre elas atendimento médico e normalização na reposição de medicamentos, serão atendidas. Este texto foi alterado em 26/07/06, com correção de informação.

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