Onze funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estão sendo mantidos reféns por lideranças indígenas desde às 10 horas (horário de Brasília) desta quarta-feira, 3. Trata-se de índios ianomâmis da aldeia Papiu, na região de Surucucu, em Uiramutã, no norte de Roraima, que impediram a troca de equipes de profissionais. Os funcionários, entre os quais médicos e enfermeiros, estavam realizando a troca de turnos - uma equipe voltaria para a base e outra chegava à região para iniciar sua jornada de assistência médica. As lideranças ianomâmis cercaram as aeronaves e, desde então, mantém os funcionários reféns. Segundo a assessoria da Funasa, o programa de assistência é realizado com instituições conveniadas. A região em questão envolve a Fundação Universidade de Brasília (FUB). De acordo com informações obtidas pela assessoria, as lideranças reivindicam a regularização dos salários de funcionários da FUB, que estariam atrasados. A reivindicação está sendo analisada pela Funasa para ver como o impasse será solucionado. Ainda segundo a assessoria, o "seqüestro" se deu de forma pacífica, sem violência física, e o caso está sendo tratado como um "impedimento". Informações dos técnicos que estão no local para resolver a situação, dizem que os reféns estão aparentemente tranqüilos e atestam que eles não sofreram violência. A comunicação, no entanto, é "bastante difícil", de acordo com a Funasa. A estimativa da Funasa é que a questão seja resolvida o mais rápido possível. A assessoria diz que áreas técnicas estão mobilizadas para que o "impedimento" dos funcionários seja solucionado de forma pacífica.