17 de outubro de 2010 | 18h39
"O Gabeira já perdeu eleição por causa disso", disse Indio a um grupo de cabos eleitorais que orientava antes da caminhada. Ele referia-se à derrota de Fernando Gabeira (PV) para Eduardo Paes (PMDB), em 2008, por pouco mais de 55 mil votos, no segundo turno da eleição para a prefeitura do Rio, que também ocorreu em véspera de um feriado. Durante as abordagens no parque, Indio apresentou-se como o primeiro vice carioca desde Nilo Peçanha, há 104 anos, e pediu a dezenas de pessoas que viajem apenas no domingo, 31, depois de votar.
O deputado do DEM não citou a questão do aborto nas conversas ouvidas pela reportagem. Mas atacou a candidata Dilma Rousseff (PT) quando uma mulher disse que não votaria em Serra por acreditar que, se eleito, ele privatizaria a Petrobrás. "É mentira. Estão inventando isso para tirar voto do Serra. Não tem projeto de privatizar nada. O que tinha de ser privatizado já foi", disse.
Indio comeu cachorro-quente, pegou criança no colo, beijou mulheres e chegou a gastar 15 minutos para tentar convencer um homem a mudar de voto. Como o eleitor permaneceu relutante, o deputado anotou o seu telefone em um panfleto de campanha e o entregou. A uma médica, ele atacou o que chamou de aparelhamento do Estado na gestão petista. "Com a Dilma, pode tudo, é só ser amigo do pessoal do PT. Com a gente, não, tem que fazer concurso". Em seguida, outra mulher questionou de onde um eventual governo tucano tiraria dinheiro para bancar a promessa de salário mínimo de R$ 600.
Durante a caminhada, foi distribuído material de campanha produzido especificamente para o Rio, com promessas como levar o Metrô a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. "Faltam só 14 dias. Temos que nos concentrar nas propostas. Não percam tempo com provocações", disse Indio a cabos eleitorais. Ele elogiou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) criadas pelo governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB), que apoia Dilma, e prometeu expandir o Bolsa Família, programa do governo petista.
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